quarta-feira, 6 de agosto de 2008

CAUSOS DO ALEGRETE

ESTA É DO ALEGRETE

“O Dr. Mirandolino Comaru defendia certa vez um rapaz acusado de fazer mal
a uma moça.

Apresentou-se na audiência com uma faca pequena na cintura, encoberta pelo casaco.

Já na presença do juiz, ele perguntou, mostrando a faca, se não era impróprio ele permanecer com a arma no recinto.

O juiz confirmou que sim e lhe solicitou a entrega da mesma.

Comaru, pegando a faca pela bainha, alcançou-a ao juiz que segurou o cabo. Comaru puxou a bainha, ficando o juiz com a faca nua na mão.

- Desculpe, disse Comaru, ponha-a aqui, mantendo a bainha com sua entrada para a frente e levando-a de encontro à lâmina.

O juiz procurou embainhar a faca, mas Comaru, fingindo tremer a mão, não deixava e, por momentos, ficaram naquela cena.

Ao cabo, o juiz lhe solicitou que entregasse a bainha, porque sem isso não seria possível cumprir o seu intento.

Comaru, posteriormente, na sua defesa oral, argumentou:

- O episódio da faca, momentos atrás, é uma prova de que meu constituinte teve alguma espécie de ajuda, pois sozinho não poderia ter realizado a tarefa...

(da obra “Entrevero de causos”, de Luiz Odilom Pereira Rodrigues – Martins Livreiro – Editor/1983)

2 comentários:

Claudio Machado disse...

Meu Irmão Agilmar,
Vamos voltar a este Blog amiúde, como se dizia, pois sentimos falta da cultura que eleva. Nos dias de hoje, dias de poucas leituras, do funk e de gostos duvidosos vamos assistindo uma marcha ladeira abaixo de nossa juventude.
Sou do tempo em que, estudantes, íamos para os bares próximos ao Julio de Castilhos em Porto Alegre para discutir sobre política.
E nos encontros com os amigos sempre tinha um violão e gente declamando as poesias de nossos melhores poetas.
Que época!
Parabéns pelo Blog.

NOSSO TEMPO - Agilmar Machado disse...

Estimado Mno Cláudio:

É confortante e incetivador ter leitores como você.
Primeiro, por defender intransigentemente, a salvaguarda da cultura nacional e regional;
segundo, por recordar a velha Porto Alegre de tantas e boas recordações para mim;
tercetro, por ser um fraterno Irmão que eu tanto prezo.

Um TFA

Agilmar